Deus uma vez realmente entrou na História, mas os fiéis o chamaram de "mito" e consideraram o mito da História como o real divino. Adorar o deus feito por mãos humanas é errado; não porque Deus se ire, mas porque os homens se iludem: ao criar um ídolo e o adorar, o indivíduo vê a si mesmo como maior que Deus. Chamamos nosso mito que explica as coisas de "verdade", e rejeitamos a Verdade como um mito mentiroso. A Verdade é um mito, mas um mito Eterno, um mito real - diferente da História, que é um mito com data e hora para começar e terminar...
Nietzsche, visto com maus olhos por muitos fiéis adoradores de si mesmos, constatou: "Deus está morto" - frase dita com um louco que carregava um luzeiro nas mãos. Realmente, Deus morreu no dia que os homens decidiram provar sua existência com as próprias mãos. Os esforços mentais, racionais e intelectuais de demonstrar Deus, sua necessidade, sua Vida ou até mesmo sua Inexistência, são, definitivamente, a morte de Deus. Sempre que decidimos escolher como é ou deve ser Deus, vemos que Ele nunca se conforma com nossas determinações. Sendo assim, façamos o que é digno fazer com aquele que se diz Deus mas não faz parte dos nossos modelos idólatras do divino: o crucifiquemos e guardemos numa tumba.
O exercício constante dos homens em falar sobre o verdadeiro Deus (como se fosse possível) ou sobre a História (o divino obrado fragilmente por suas próprias mãos), é um grande jogo, uma doce brincadeira, uma maneira infrutífera de passar o tempo. É, sem dúvida, o melhor caminho para encarcerar-se na temporalidade e perder a dimensão do Eterno, a experiência da Revelação, o vislumbre da Ressurreição. Deus não entrou na História por suas palavras, mas por si mesmo. Palavras são as divisões que fazemos para tentar dominar um pouco quem Deus é. Sabendo disso, percebemos que muitas vezes corremos o risco de botar na boca de Deus criações por Ele jamais proferidas.
Enquanto nos prestamos à busca de nossa verdade, não da Verdade, guardamos Deus em seu sepulcro e afirmamos sua morte - mesmo quando falamos que ainda procuramos por sua vida. Somos como os sacerdotes que enterram Cristo e retornam ao templo para adorá-Lo (?). Nos readaptamos a rezar, orar, fazer milagres e esperar o próximo ídolo que chamaremos de Deus. "Deus está morto" - certo estava Nietzsche.
Porém, graças ao próprio Deus por aqueles que se resguardam! Que angustiados retornam às suas casas em desânimo. Graças à Deus pelos que se silenciam, que se entristecem, que sabem terem encontrado Deus pois andaram com Ele! Graças à Eternidade pela paciência desses desanimados, desses homens sem alma, desses que desistem dos exercícios da alma para compreender Deus, já que comeram de seu pão, experimentaram seu vinho, dividiram o peixe, as redes, as noites, os dias... Graças à Deus pela fidelidade dos discípulos - não a dos sacerdotes. Pois se Deus esteve morto por um dia, para aqueles que se calaram, três dias depois foi vista sua Glória, desfrutada sua Ressurreição!
Para que Deus esteja morto, basta um são dizer saber quem Ele deve ser. Para os loucos que confiam em sua Eternidade, basta seu silêncio, já que não fazem a mínima ideia de quem Deus deve ser, pois caminham com Aquele que É. Sim, Deus morreu - para aqueles que O procuram em sua(s) História(s). Ou não, não morreu - para aqueles que deixaram de procurá-Lo nos ídolos e nas imagens para caminhar com Ele pela Eternidade...
As verdades que mais me dão medo são as proferidas por aqueles que temem a mentira...
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Olá. Tenho um especial de frase de Deus ,segue o link: http://www.quemdisse.com.br/tema.asp?tema=16&t=frases-sobre-deus .
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