quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ah! Que frio!

O despertador toca. Meus olhos se abrem lentamente. O sol ainda não deu o ar da graça, mas já dá uma iluminadinha no quarto. Com o corpo todo debaixo das cobertas, os músculos enrigessidos tentando suportar o frio e o peso de um denso ar gelado sobre mim, me preparo piscicológicamente para sair de meu abrigo quente e enfrentar o inferno gelado do mundo de "Fora da Cama".
Um, dois, três, foi! Um salto da cama, o pé esquerdo no chão (como se fizesse diferença este detalhe) e a pior sensação do mundo; o corpo travado, mas ao mesmo tempo tremendo. Nessas horas nós homens descobrimos como é ser mulher, como é a sensação de não ter nada entre as pernas. A cueca quase que é engolida pelo único orifício possível para que isso aconteça, as pernas entortam e os dentes quase quebram de tanto baterem uns nos outros.
Mas as peripécias de um dia frio no mundo de "Fora da cama" não param por ai. Ao entrar no banheiro acontecem duas coisas mais complicadas ainda. Primeiro o ato de esvaziar a bexiga, tirar água do joelho, urinar, molhar o vaso, fazer o numero 1... dar uma boa mijada matinal. Já é difícil fazer isso com sono, agora, tentar achar o que quase desapareceu, colocá-lo para fora no frio e acertar a mira enquanto treme mais do que quem tem Parkson, é uma missão muito mais complexa. Segundo o ato de lavar o rosto, tirar remela com água, e... e... não sei outras expressões que remetam a essa ação. A nossa mão praticamente já congelou, e para deixar mais gostosa a sensação, a água que ficou a noite inteira numa caixa nem um pouco térmica e sem um raiozinho de sol e recebendo muito ar gelado vem de tal maneira que ao tocar nossas mãos faz com que um arrepio suba do calcanhar até a nuca e fiquemos alguns segundos (que parecem uma eternidade) sem reação.
Ao sair de casa e olhar o termômetro marcando 0 graus celcius, a grama e as folhas das árvores assim como os carros que ficaram brancos por causa da geada, ver uma fumaça me perseguindo e descobrir que é a minha respiração e, depois de o sol dar o ar da graça, descobrir que ele só veio para enfeitar o dia, a única coisa que vem a minha mente é um poema por mim criado repetido várias e várias vezes: "Ponte que o partiu (na versão mais "suja" da expressão) que frio! Será que estou mesmo no Brasil?". AAAAAHHHHH!!!!! QUE FRIIIIIO!!!!

Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkk.... vai fzer frio assim lá na "ponte que partiu....
    (Nasci em Campos do Jordão e lá nesta epoca faz uns5 graus negativos, me lembro direitinho como era pra contar até tres e pular da cama...rsrs já que o inverno nem começo... um Abraço bem quentinho pra vc...
    Priscila Lima.
    Falando diretamente do Litoral bem quentinho..rsrs... Paraty
    (onde tenho o privilegio de morar agora)
    Sai frioooo....
    ;)

    ResponderExcluir