segunda-feira, 26 de março de 2012

Sem o "Senso", somos comuns!

I João 3: 18 - 20 "Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade. Assim saberemos que somos da verdade; e tranqüilizaremos o nosso coração diante dele quando o nosso coração nos condenar. Porque Deus é maior do que o nosso coração e sabe todas as coisas".


A escravidão deixou suas marcas: vivemos na espera de alguém que nos entregue a alforria. Nos acostumamos a ensinar nas escolas que europeus pensaram (teorizaram) o modo de organizar nossa libertação, de estruturar nossa liberdade. O tempo passa e continuamos a espera de algum novo estrangeiro que traga uma nova mensagem. Por que não produzimos a nossa? Porque nos consideramos escravos - e escravo não pensa.

Deixamos de ser colônia a um bom tempo, mas ainda cremos que quem pensa são os senhores, enquanto que quem trabalha são "apenas os escravos". Meros escravos! Sem estudo, sem conhecimento, sem sabedoria. Melhor deixarmos para que outros pensem por nós enquanto trabalhamos, pois quem trabalha parece que não pensa...

Mentira! Maldita mentira! Essa é a corda que substituiu as correntes! Assim como o elefante de circo, que quando novo é preso com correntes que o machucam e, de tanto se machucar, pode depois de velho ser preso apenas com um cordãozinho, somos nós os "trabalhadores". Damos mais valor aos letrados que aos mecânicos. Porque? Uns pensam, outros não. Mentira, mentira, mentira! Isso é um levante anticristo que pretende destruir nossa vida, nossa liberdade.


Não, não precisamos de uma nova teoria. Não, não precisamos de um novo pensamento. Não, não precisamos de um novo discurso. Quem espera que a mudança venha de uma nova idéia fruto de um jardim sujo e mal cuidado de alguma Universidade, espera o Sebastião voltar para salvar Portugal! Ainda anseia pela vinda do Messias, enquanto que ele já se fez carne e habitou/habita no meio de nós. O Cristo, a mudança, a salvação não depende de uma nova proposição, de novos argumentos; Cristo vive quando é encarnado! A mensagem cristã é reconhecida como tal quando prega o Cristo ressuscitado em carne e osso. A mudança, a liberdade, a libertação acontece quando a Vida age, quando as pessoas vivem, quando o trabalhador se vê como real produtor de mudança, e não quando o pensador existe como virtual escritor de teses.

A questão não é se temos uma Filosofia, uma Ciência ou Senso Comum, o ponto de partida é retirar o "Senso" e entender que todos somos "Comuns". Se elaboramos teses baseados em Platão ou se concertamos pias para garantir o sustento de casa, somos comuns, somos viventes produtores de vida. E aquele que transforma a vida não é o que a pensa, é o que a vive! A vida é ação, encarn-ação...


"Não amemos de palavras nem de boca, mas em ação e em verdade". Nossa verdade não é uma junção de argumentos que validem uma revolução; nossa verdade é a prática de vida, a existência que se dá no dia-a-dia. Não nos condenemos e nem sejamos condenados por não termos "permissão para pensar" (não sermos da academia), mas fiquemos em paz, nos tranquilizemos, pois Deus é maior e sabe de todas as coisas. Somos escravos? Trabalhadores? Somos Vivos! Diferentemente dos que abrem mão do dia para morrerem nos sonhos da noite, somos os que de Sol a Sol suam e sangram. Somos nós que mudamos, somos nós que vivemos, somos nós que nos libertamos! Somos nós que suportamos a vida; somos nós que promovemos a Salvação...

Somente os vivos são os que amam...


Gratis i Kristus

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