A seca que assola o Nordeste do Coração, o Deserto do Cárdios, o Sertão da Alma. O chão do espírito rachado, o mormasso da solidão que embassa a vista e borra as douradas dunas de dor.
No meio desse nada, andando contra o vento, um homem vestido de longas vestes. A terra árida clama por água. O homem pára, agaixa, e com o dedo, escreve na areia. Uma gota de lágrima escorre do olho, escapole do rosto, estoura no chão.
Primeiro um filete, depois uma poça e então um turbilhão de água e água, e mais água, e cada vez mais água! Rios de águas que como que vivas jorravam no deserto coração. Era água que não acabava mais...
Jesus chorou, e Dele saiu graça. Do seco sepulcro, ressuscitou um coração. Que como criança, nasceu de novo e vive na plenitude de um Reino Eterno, de valores e virtudes, de um Reino dos Céus.
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