segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Palavra

João 1: 14

A Palavra de Deus. Letra? Texto? Bíblia? Não! Carne. Não! Sangue. Aquele que come este pão e toma este vinho, aprecia e degusta esta carne e este sangue todos os dias, o faz em memória dele. O faz em memória da Palavra. Denomina-se como santo. Santo não por si, mas pela Palavra. Santo não por uma vida regrada, mas por uma vida textificada: escrita com sangue e impressa na carne. Um valor vivido, uma Palavra encarnada.

A Palavra de Deus veio aos homens. A Palavra de Deus que se faz homem. A Palavra de Deus que é a graça e a verdade. A Salvação dos homens. Vimos sua glória, a glória do Único vindo do Pai. Cheio de graça e verdade. A graça que salva, a verdade que liberta. Conhecemos esta verdade, ela viveu entre nós, ela nos libertou. Vimos sua glória, glória do Único vindo do Pai. Por esta graça somos salvos. Vimos sua glória, glória do Único vindo do Pai. Uma glória que morre, uma glória que se esvazia, uma glória que fracassa. Uma glória sentada em um jumento, nascida numa manjedoura, morta assassinada como criminosa.

A Palavra de Deus testemunha. A Palavra de Deus martiriza-se. A Palavra que era no princípio e deixou silenciar-se. A Palavra que criadora fora calada pela criatura. A Palavra que por amor deixa o silêncio falar alto, muito alto. Tão alto que este clama pela Palavra. Clama pela luz. Luz que não é derrotada pelas trevas. Luz dos homens. Palavra. Carne. Sangue. O Deus encarnado, a palavra encarnada, o amor que se fez homem. Os homens que vêem este homem, encontram a Palavra. Os homens que vivem este homem, vivem a Palavra. Não é necessário ler, não é necessário falar, não é necessário ouvir. É necessário viver. A Palavra de Deus não se escreve, fala ou ouve, mas vive. Vive entre os homens, vem ao mundo, encarna-se.

A Palavra de Deus: Jesus de Nazaré, aquele que é chamado de Cristo.

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