terça-feira, 28 de abril de 2009

Da maneira de definir as coisas

O homem é por natureza bom ou mal? A luz é onda ou partícula? O biscoito vende mais porque é gostoso ou é gostoso porque vende mais? (essa ultima pergunta não fará parte da discussão, mas é que não me vieram outras idéias de perguntas). Perguntas que não querem calar. Procuramos uma definição que se encaixe de maneira exata e incorruptível. Cada ponto de vista é defendido com unhas e dentes por seus "ideológicos". Buscamos argumentos para "acertar" a resposta, fortalecer nosso pensamento e/ou destruir o outro. Tudo por uma definição concreta e exata.
Mas quem disse que todo homem por si só é de natureza boa ou má? A física já me poupou o trabalho e descobriu a resposta da segunda pergunta do parágrafo anterior: a luz tanto pode ser partícula quanto onda dependendo da relação dessa com o meio. Pronto, temos a resposta, já tirei a conclusão. Agora, até o fim do texto apenas enrolarei e transcreverei pontuando melhor a conclusão. Mas, se quiseres, já podes parar de ler.
Nada se define por si só. Nada é isso ou aquilo por si só. Uma bola de basquete não é uma bola de basquete por ser alaranjada com gomos arredondados com o logo "Spalding", mas é uma bola de basquete por ser utilizada em um jogo chamado basquete. Porque se alguém utilizar uma bola de basquete para jogar futebol, essa já não mais será uma bola de basquete. Continuará alaranjada e com gomos arredondados com o logo "Spalding", mas sua função agora é para o futebol, portanto ela é nesse caso uma bola de futebol. O mesmo acontece com o homem, não se define por si só, mas em sua relação com o meio. Convivência, reações, cuidados, vida em sociedade, meio-ambiente... Cada passo dado dentro do meio que o compõe e onde está inserido o formam. Bom ou mal indifere se isolado e analizado só, mas acompanhado de sua complementação com sua volta, ai sim chegamos ao primeiro passo para a primeira analise de quem o homem (nós) é (somos).




nota: Em um texto anterior afirmei que as coisas se definem e são o que são por seus limites. Errei? Não. Só descobrimos nossos limites ao explorarmos nossa relação com o meio. O primeiro homem que descobriu que não podia voar só o descobriu após dar de cara no chão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário