quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Notar...

Notar, uma rara habilidade encontrada em poucos homens. Observar o movimento, sentir o vento, perceber o ondular das águas, os sons do ambiente, as demonstrações de afeto. Admirar a beleza a sua volta, os traços, laços e pedaços de inspiração e as facetas turvas de um amor vindo de alguém para outro alguém.

Notar a singularidade do desenho das coisas, da pintura das aves, dos aromas das flores. As cores, os ares, as notas, melodias, harmonias e sons. A majestade da vida. A prova da existência de algo perfeitamente perfeito. Algo diferente. Algo maravilhoso. Algo bom.

O mar azul de ondas leves tocando delicadamente a areia branca, que se movimenta acompanhando a dança esboçada pelo vento, que sopra contra duas pessoas que caminham em paz e desfrutam o ritmo melódico do estourar das águas.

Ele e ela. Eu e você. Quem quer que seja. Em algum lugar, em algum momento, em algum dia. O perfeito existe, há de se notar. Imaginar a leveza da mão que desenhou teu rosto, o trabalho fino e o doce sorriso arrancado após o autor apreciar sua obra, e repetido várias e várias vezes toda vez que alguém te vê.

Demoramos a notar que há beleza e perfeição a nossa volta. Mas ao te ver, não tem como não notar.

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