"Vocês, orem assim: "Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém."
A oração de Cristo. A tão repetida antes de jogos de futebol, missas, ceias, reuniões religiosas ou antes da prova do vestibular por todos aqueles que estão com medo (mesmo se forem ateus). Um diálogo de Jesus com o Pai para explicar as bases de uma oração.
Em primeiro lugar, a oração é nossa! Não é minha, tua, dele ou dela, mas nossa. A compreensão não de apenas um dependente de Deus, mas o Todo que vive por causa da graça de Deus. Uma oração não é uma relação individualista com Deus, mas uma parceria com Ele e com os homens.
Para comprovar ou compreender melhor esta idéia, em segundo lugar é "venha a nós o teu Reino; seja feita tua vontade", nossa relação com Deus é compartilhar os nossos corações, mostrar os nossos e ouvir o de Deus, para sermos condicionados pelos valores do Reino e da vontade Daquele que dizemos amar e seguir. Aquele que nos faz sentirmo-nos amados. Aquele o qual queremos mostrar para todos. Mas se não o conhecemos e nem oramos para ouvi-lo, como expressaremos os valores que se guardam em Seu coração? Compartilhar, dividir, repartir: "Dá-nos o pão NOSSO".
As bases da oração partem agora para uma outra direção, não apenas na verticalidade do ser da terra com o ser do Céu, mas do ser da terra com o outro ser da terra. Uma comunidade. Os valores do Reino de Deus (o Seu perdão para conosco) nos guiam em nossa vida, nas nossas relações com o outro, como Deus perdoa, nós perdoamos. O movimento parte também do nós para o nós. A oração não é "para mim", mas para nós.
E para fechar a beleza da oração e da relação com o divino, que eu não seja eu, mas nós, eu e Deus. Que eu aprenda a me esvaziar de mim e estar cheio de Ti. "Não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino (que me condiciona), o poder e a glória para sempre.". A kenosis humana. Me esvazio de mim, assim como Cristo se esvaziou de si, para ser cheio de Ti, não pelo poder e pela glória, mas para não cair em tentação e ser livre do mal. Para que os valores da oração até agora descritos sejam de fato verdade e vividos.
Então, que assim seja. "Amém."
Nenhum comentário:
Postar um comentário