terça-feira, 7 de junho de 2011

Como é a verdade?

A verdade é uma casa. Queremos muito que essa casa se abra para o mundo e que também o mundo veja como é dentro casa, quer dizer, vivemos a procura da porta. Para isso, procuramos escritores. Entretanto, escritores são homens e mulheres que abrem janelas. Pelas janelas vemos duas partes de dois mundos: uma parte de dentro do mundo de dentro e uma parte de fora do mundo de fora. Os problemas que surgem da verdade não é de quem escreve, mas de quem lê e passa a fazer de porta as janelas. Quem sai e entra de uma casa pela janela é ladrão! Ladrão não tem tempo para observar e cuidar da casa, e nem tem paciência de ficar no mundo. Vive ansioso para sair e para entrar, roubando assim a beleza da casa e fugindo da realidade da vida e do mundo. Não liga um mundo e uma casa pela janela, não é de bom tom...

Então, nós os bons leitores, continuamos a procura da porta. Vemos quartos, passamos por salas, admiramos quadros, sentimos cheiros de alimento na cozinha, as limpezas do banheiro, os novos e velhos móveis... De ambientes em ambientes, janelas em janelas, vemos o mundo de fora e o mundo de dentro, mas a porta que marca um encontro para os dois ainda não encontramos.

Um dia também encontramos um lugar úmido e escuro. Vemos duas antigas tábuas de madeira que a muito tempo ninguém limpava e nem mexia. Pomos nossas mãos em cima da madeira cheia de pó e teia e a forçamos! Um feixe de luz clareia o cômodo ainda não visitado. Abrimos uma nova janela de num novo quarto! Que maravilha! Fantástico! Mas ainda não é porta... Não, não é uma porta! Mais uma janela que mostra mais uma parte da verdade, mais um contato entre a casa e o mundo.

E de tudo isso, o grande problema é que estamos do lado de fora da casa...



Gratis i Kristus

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